segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Valorização da Engenharia nos dias atuais


Lendo matéria a respeito de turma de formandos em Engenharia Civil da turma de 1980da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), uma das mais antigas e tradicionais faculdades do País, vêem a profissão de engenheiro civil ser revalorizada. Eles viveram o fim do "Brasil Grande", a falência do Estado e o descontrole da inflação.Clique abaixo para conhecer algumas histórias:
http://economia.ig.com.br/vidas+na+contramao+do+mercado+de+trabalho/n1237590528742.html#comentarios

"A profissão está atraindo novamente as melhores cabeças", diz o politécnico Mário Rocha Neto, um dos integrantes da turma de 1980. Fiel à engenharia civil nos últimos 30 anos, Rocha Neto pode falar com segurança sobre o assunto à frente de uma das superintendências da Gafisa, uma das maiores construtoras do País, na qual ingressou como estagiário em 1978.
Da Escola Politécnica, criada em 1893, saiu boa parte da elite Paulista. Entre eles, os empresários Olavo Setúbal (Banco Itaú), Rubens Ometto (da usina de açúcar e álcool Cosan) e Laércio Cosentino (da empresa de informática Totvs), além de políticos como Mário Covas, Paulo Maluf e José Serra (que não concluiu o curso).

A minha turma é da Fundação Oswaldo Aranha - EEVR turma de 80 - ou seja a minha geração de Engenheiros, na formatura era festa e brincávamos " Acabamos de virar Estatística " - tal a dificuldade do País em Investimentos no Setor da Construção civil nos anos 80 , turmas que se formaram até 5 ou mais anos, saiam da Faculdade direto pra empregos ou com facilidades pra Montarem seus próprios negócios, O Estado era forte , tinha repressão, mas como havia punições pesadas,a corrupção era em escala reduzida- ou seja dava pra trabalhar certinho e receber as contas sem ter que ficar na mão dos políticos ( executivos e legislativos);

Podemos com orgulho afirmar que fazemos parte da construção de um País , lutando contra todo tipo de dificuldade fruto de politicas econômicas do Néo-Liberal, com favorecimentos a uma minoria que se apoderaram do poder em todas as esferas; Um Brasil desigual em todos os sentidos , onde apesar de falta de infra-estrutura fenomenal, um defict Habitacional espantoso - ou seja com tudo por fazer, os recursos da CEF do SFH eram direcionados pra meia dúzia de empresas tipo a ENCOL , QUE EM DISCURSOS DE CERTIFICAÇÃO, tudo patrocinado pelo erário público, era um tal de bla- bla - bla de Iso pra lá e Iso pra cá , mas na verdade gerenciamento zero, tanto que quando secou os recursos todos sabem o fim dessa história ;
Os próprios Creas ,teve um período em que foi tomado por engenheiros , que já haviam tomado e dominado as Associações e também era mais um empecilho as boas práticas de Engenharia;
Ganhar uma concorrência não era tão difícil, o complicado era conseguir se manter no mercado sem conseguir receber as parcelas dos serviços executados e medidos com aceite ( sempre em atraso) contra os concorrentes que já recebiam até valores em adiantamento , além do que em muitos caos até por serviços nem executados ;
Claro que uma hora a casa cai , aí passam a responder na Justiça por suas Ações; com isso foi dados aos profissionais mais uma área de atuação a fim de se fazer justiça, que é a Peritagem Judicial - dentro de uma Engenharia Legal e de Avaliações com franco progresso nesse período ; onde através de ações do MP e ação dos juízes podemos contribuir com trabalhos técnicos evitando que as coisas passassem despercebidas ;
Teve uma época que os chamados pra mudanças de área em função da desvalorização da engenharia e pelos encantos financeiros de outras atraíram alguns profissionais que optaram pela mudança, mas alguns " loucos e persistentes " guerreiros prosseguimos ;
Com certeza houve um período que não queríamos que nossos filhos seguissem nessa Área , mas é com orgulho que temos da molecada ser persistente e hoje estarem novamente representando a Elite pensante do País e com certeza de uma re-engenharia pra um novo Brasil;

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