Gerencie a sua obra – Déficit Habitacional (25 )
( A QUESTÃO DA CASA PRÓPRIA) -4
Precisamos criar casas simples porém resistentes, já que outro fenômeno se veri fica nos conjuntos habitacionais: 2,3 anos depois,muitas casas estão absolutamente deterioradas do uso de material de péssima qualidade.
Precisamos rever a metodologia adotada. é perfeitamente possível construir casas mais modestas para pessoas de renda incerta ou sem renda. E, ao invés de vender essas casas, ceder o uso por tempo determinado,durante o qual essas populações seriam acompanhadas, assistidas. O governo precisa subsidiar essas prestações para populações sem renda,embora sem paternalismos,localizando-as onde o homem que possa pagar mais não vá pressioná-lo e onde possa Ter condições mínimas de sobrevivência e dignidade.
Ao reabrirmos os financiamentos imobiliários,instituímos algumas regras ,novas no Brasil. Começamos pelos pequenos projetos: um projeto por empresa,até 70 mil VRF. São projetos pequenos ,de pequenas construtoras,de engenheiros descapitalizados.
Ao mesmo tempo,nos grandes conjuntos, instituímos que a obra deve ser contratada com várias construtoras,pois entendemos que devemos dar ao Brasil condiçòes de consolidar uma economia de mercado. E nenhum País consolidou sua economia de mercado sem viabilizar as pequenas e médias empresas,porque nenhuma empresa ,em todo mundo,nasceu grande. As empresas crescem quando as sociedades lhes viabilizam o crescimento,desde que sejam atuantes,viáveis e rentáveis.
A propósito disso,perguntaram-me, recentemente, onde estava escrita essa regra. Realmente ,não está escrita,mas é esse o critério em vigor.(Como não estava es- crito não vigorou por mais de 3 meses).
Na CEF,meu papel é educativo. Quero também mostrar aos empregados da CEF que não há emprego sem empresa viável. As COHAB’s tem que cumprir seu papel social, caso contrário será extinta.
Temos que dar condições aos empresários de também participarem da construção de conjuntos habitacionais diretamente. Se ele constrói um edifício pelo Plano Empresário,vende as unidades e repassa os financiamentos,pode também construir conjuntos habitacionais e se encarregar da cobrança dessas prestações durante determinado período,repassando-as à CEF, no dia aprazado e aplicando a legislação sobre as inadimplências,além do que estivar previsto no contrato.
Existem muitas formas de acelerarmos esse fluxo de construções,diminuindo a burocracia. A própria CEF fez uma experiência em Goiás,criando o PROINT- Programa de Interiorização da Ação Social da CEF _ , para mostrar aos prefeitos como obter financiamento e orientação técnica. O processo seria iniciado através da coordenação da prefeitura – ela própria comprando materais de construção e financiando o proponente. Uma dose de patriotismo e outra de preocupação social farão muito bem.
ENGENHEIRO CIVIL RICARDO BERNARDO PEREIRA( ENPROBEL )/PERITO JUDICIAL