sexta-feira, 20 de maio de 2011

A QUESTÃO DA CASA PRÓPRIA -1

 ( A QUESTÃO DA CASA PRÓPRIA) -1
Este  artigo ,é um resumo de palestra do ex-presidente da CEF, Paulo Mandarino, na Comissão de Economia do Senado Federal – Brasília 1989 CDD332320981.
O Dr. Paulo Mandarino,iniciou o debate considerando como gravíssimo o problema Habitacional no Brasil há muitas e muitas décadas.
Basta lembrar aquele episódio histórico da chegada da Familia Real Portuguesa, quando fugia da invasão Napoleônica, em 1808. Não havia casas para acolher os súditos que acompanhavam . Simplesmente, então, saíram marcando as portas das casas e o governo as requisitou, expulsando os moradores e concedendo-as aos nobres portugueses. Isso, antes da Independência, no início do século XIX.
Há uma pesquisa histórica, publicada no Livro “Queixas do Povo “, em que dois historiadores quiseram saber quais os problemas mais graves da Sociedade Brasi leira no final do Império e início da República. Simplemente constataram,através da seção de cartas do então “JORNAL DO BRASIL” , que o problema mais grave do País, naquela época, era o Habitacional.
Dr. Paulo Mandarino, deixou claro, não ter nenhum receio em afirmar que fazemos parte de uma elite MUITO INCOMPETENTE , porque esse problema já existe há mais de 100 anos e não o enfrentamos corajosamente.  Agora,é curioso notar que, durante esse período , principalmente nos últimos anos _ e nós vamos nos deter apenas na história  recente   _   o  governo  criou   banco , criou  ministério  e  não
resolveu o problema.  Aliás, se criar banco resolvesse problemas, o Brasil certamente não teria mais nenhum. Estariam todos resolvidos ...
A CEF é, hoje, responsável pela execução de uma política habitacional que precisa ser reformulada. E se angustia porque amanhã poderão imputar-lhe as responsabilidades de um problema que vem se agravando, sobretudo nos últimos anos, em função de dois fenômenos que a sociedade brasileira precisa enfrentar.
O primeiro: fizemos em 30 anos o que Países do Hemisfério Norte fizeram em 100 anos, que foi a maciça migração do campo para a cidade. A população inverteu-se. Há 30 anos, num  Estado como Goiás,70% da população estavam no campo; 30%, na cidade. Hoje, é justo o contrário.
O outro problema :convivemos com altíssimas taxas de crescimento demográfico. Sei que os especialistas afirmam que essa taxa vem caindo espontâneamente, é verdade. A França não aumentou de população, de 1945 para cá. Quando o Brasil foi Tri-Campeão Mundial de Futebol em 1970, éramos “90 milhões em ação “, conforme musiquinha da época, não é? Hoje, somos ,no mínimo,140 milhões!  A primeira vez em que o Brasil foi campeão, em 1958, tínhamos 70 milhões.
Então, temos que cair na realidade e enfrentar esses desafios logo.
Além de recomendar a leitura na íntegra da Palestra, prosseguiremos neste assunto nas próximas semanas, uma vez que a abordagem do tema além de corajosa para época, nos ensinou que as ENCOL poderiam ter sido evitadas se tivessem sido dado ouvidos ou debatido as idéias ali avencadas.
Aproveito para saudar O Dr. Kit Abdalla por iniciativas e debates sobre planejamento familiar ao longo dos anos, que com sua sabedoria sempre contribuiu com a Coletivida de.
ENGENHEIRO CIVIL RICARDO BERNARDO PEREIRA( ENPROBEL )/PERITO JUDICIAL
Coluna GERENCIE SUA OBRA no Jornal de Beltrão 2000/2001 56 artigos publicados

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